Foto: Wander Roberto/Vipcomm/Divulgação
em recordes. Um mito. O Mito.
Rogério ostenta, porém, outra marca igualmente importante:
anotou, até hoje, 96 gols pelo São Paulo FC, segundo os
critérios utilizados para todos os jogadores da história
do clube, de Leônidas a Raí.
A discrepância - 94 gols em torneios oficiais da
FIFA e 96 pelo São Paulo FC - é simples: as estatísticas
do Arquivo Histórico são-paulino, como acontece nos clubes
em geral, consideram critérios distintos dos da FIFA para
estipular a oficialidade dos jogos.
A partir disso, parece lógico que se utilize os mesmos
critérios para a contagem dos gols. Critérios estes utilizados
historicamente não apenas pelo clube, mas pelos mais
diversos veículos de comunicação, pesquisadores e estudiosos,
como também nas estatísticas de ídolos como Serginho Chulapa,
maior artilheiro da história são-paulina. Portanto, os dois
gols marcados por Rogério Ceni no amistoso contra
Santos/Flamengo, em 1998, e na final do
Torneio Amistoso Constantino Cury, contra os russos
do Uralan Elista, são contabilizados pelo São Paulo FC,
independentemente dos critérios da FIFA.
Assim, o São Paulo Futebol Clube atesta que,
como registra e documenta o Arquivo Histórico são-paulino,
reorganizado em 2010 com a contratação do historiador
Michael Serra, o atleta Rogério Ceni conta com
96 gols anotados em 949 partidas profissionais
reconhecidas pelo clube em um dos três níveis
oficiais: jogos competitivos, restritivos ou amistosos,
organizados ou autorizados pela Federação vigente e
cumpridores das devidas normas e regulamentações estabelecidas
pela FIFA, tais como: regras de jogo, tempo regulamentar,
delegação de arbitragem, anotação em boletim oficial, atletas
profissionais, entre outros.
O São Paulo FC informa, ainda, que nenhum pedido foi ou
será feito à FIFA para que tais gols sejam considerados
nas estatísticas da entidade, já que não é esse o propósito
desta retificação. Além disso, o clube não questiona os
critérios da entidade, pois eles buscam reunir o que pode
ser uniformizado num planeta extremamente desigual
em culturas, ritos e tradições, desnivelado em organização
entre suas federações internacionais.
Tampouco busca-se facilitar a chegada aos 100 gols,
pois é certo que mesmo os torcedores de outros clubes
acreditam que Rogério Ceni baterá ambas as marcas,
a do São Paulo FC e a da FIFA. E ambas serão celebradas,
cada uma a seu modo, e sem asteriscos.
Poderia parecer mais fácil não tocar no assunto, deixando que
a marca homologada pela FIFA fosse a única registrada. Mas,
além de ser um desrespeito à história são-paulina, aos
demais artilheiros e ao próprio Rogério, há que se lembrar
que o centésimo gol não é a única marca que o Capitão
pode alcançar num futuro próximo, e o compromisso
com o erro seria imperdoável. Não rasgaremos a
história em troca da segurança do silêncio.
Afinal, o camisa 01 está próximo de se tornar
o primeiro jogador da história do clube a completar 1000 partidas
profissionais. Fosse este o caso de apressar marcas,
seriam contadas as partidas nas categorias de base,
e Rogério já seria milenar há meses!
Seguindo-se estritamente o critério oficial FIFA, porém,
a própria estreia de Rogério com a camisa do São Paulo FC
não seria considerada válida, já que aconteceu no
Torneio Amistoso de Santiago de Compostela, competição
também não reconhecida. Como alterar burocraticamente
a data em que um jovem sente a emoção de entrar
em campo pela primeira vez como jogador profissional do clube?
O São Paulo Futebol Clube contabiliza seus amistosos
e torneios amistosos porque se prepara para eles com
o mesmo profissionalismo das competições da FIFA.
Porque, dentro de campo, os ritos são os mesmos.
E porque sua torcida se emociona com muitas dessas
partidas da mesma forma, como nas conquistas
das taças Teresa Herrera e Ramón de Carranza
na Era Telê. Como desconsiderar a vitória
por 4 a 1 sobre o Barcelona, em 1992?
Esses critérios já eram utilizados para as estatísticas
de número de partidas do Capitão. Havia, porém,
dois erros, agora sanados: Rogério tem 949 jogos
como profissional do São Paulo FC. Os erros referiam-se
a cinco jogos não-contabilizados: em três deles,
Rogério entrou em substituição no meio da partida;
os outros dois referem-se aos jogos anulados pela
Justiça Comum, no Brasileiro de 2005."
fonte:http://www.spfc.net/news.asp?nID=48545
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