Comentário todo feito por Daniel Perrone.

Nação do Maior do Mundo;
Em uma tarde ensolarada em Bauru, o São Paulo não teve uma atuação de encher os olhos, porém venceu com facilidade a modesta equipe do Noroeste que, com razão, luta na parte de baixo da tabela do Paulistinha.
A equipe entrou em campo posicionada no 3-5-2 clássico, com: Rogério Ceni; Xandão, Rodrigo Souto e Rhodolfo; Jean, Casemiro, Carlinhos, Rivaldo e Júnior César; Marlos e Dagoberto. Mas variou o esquema durante os 90 minutos, para o 4-4-2, com o deslocamento de Xandão por uma lateral e até de Rhodolfo pela outra.
O jogo começou morno. O São Paulo parecia estudar o adversário e, também, se adaptar ao gramado, que é muito ruim e fez com que a bola quicasse bastante.
A bola chegava pouco ao ataque, que tinha um Dagoberto desaparecido, nos primeiros 25 min de jogo. Mas o time, a partir daí, foi se acertando e começou a crescer, quando os jogadores passaram a tocar a bola com mais rapidez, evitando tê-la por muito tempo sob sua posse, de modo a tentar abrir os espaços na defesa rival.
O próprio Dagoberto, percebendo que as coisas não estavam dando certo para ele, chamou a responsabilidade e arriscou alguns chutes de fora da área, mas o goleiro Yuri não teve dificuldades para encaixar a bola.
Marlos tentou algumas jogadas pela direita. Em uma delas, cruzou bem, para trás, mas Rivaldo errou a finalização. Depois, em uma boa tabela entre Dago e Jean, o volante são-paulino ficou na cara do goleiro do Noroeste, mas finalizou encima dele.
No entanto, minutos depois, a bola balançou o fundo das redes adversárias. Em uma jogada trabalhada por Júnior César, este tocou para Marlos, que devolveu o passe pelo alto, inteligentemente. O ala são-paulino foi derrubado dentro da área. Pênalti! Rogério converteu e marcou o 101º tento de sua carreira!
O São Paulo foi pouquíssimo ameaçado. O lance mais perigoso, da equipe de Bauru, no 1º tempo, foi com o zagueiro tricolor Xandão, que quase marcou um gol contra. Deve ter ficado com inveja do sucesso que Rodrigo Souto causou em Recife, há duas semanas.
A 2ª etapa, obviamente, mostrou um Noroeste com uma postura mais ofensiva, tentando encontrar espaços na defesa são-paulina. O Tricolor tinha o contra-ataque à sua disposição. Era só aproveitar um deles, para matar o jogo. Antes dos 15 min, a vida do Maior do Mundo foi facilitada com a expulsão do jogador França, do time rival, pois puxou Jr César, que arrancava em velocidade em direção à área. E, para sorte nossa e o azar adversário, na cobrança de falta, veio o 2º gol. A bola, no chute de Dagoberto, bateu na barreira e sobrou para Casemiro, que tocou para Marlos, sem dificuldades, complementar para o gol.
A vitória estava garantida. Saíram Casemiro (amarelado) e Rivaldo (jornada discreta), para as entradas de Ilsinho e Willian. Aos 30, em um contra-ataque perfeito, Marlos arrancou em velocidade, se livrou da marcação de um defensor e rolou para Dagoberto encher o pé e fazer o terceiro.
Em uma rara desatenção defensiva, porém, o atacante Aleílson descontou para o Noroeste. 3 a 1. O jogo seguiu de forma tranquila, o que, portanto, tornou o ambiente propício para a entrada de Cléber Santana, que voltou a atuar depois de muito tempo.
Nos acréscimos, Ilsinho roubou a bola, próximo à grande área do Norusca, e bateu com categoria na gaveta do goleiro Yuri. 4 a 1. Resultado elástico, que evidenciou a diferença de qualidade entre os times e elencos.
Esta vitória, acima de tudo, serviu para se destacar um simples fato, que muitos já sabem: QUE BAITA ELENCO NÓS TEMOS! Boas opções de banco, que mantêm a qualidade do time, como Júnior César, Ilsinho, Marlos, Willian, Rivaldo, Fernandão (voltou a treinar), Xandão (um bom reserva)… Quantas opções!
Parabéns, Tricolor! No próximo final de semana, a missão será bater o Oeste, em Mogi Mirim, visando beliscar a liderança, já que o Palmeiras tem uma parada complicada: a Ponte Preta, em Campinas.
Nota dos personagens da partida:
Rogério Ceni: Pouco acionado, foi bem quando exigido. Marcou o 101º, abrindo o placar para o Tricolor. Sem culpa no gol sofrido! Nota: 9.
Xandão: Apresentação discreta, cumprindo bem as determinações. Quase marcou um gol contra, mas, no geral, tudo certo. Bom reserva. Nota: 6.5.
Rhodolfo: O xerife teve mais uma boa apresentação. Foi o grande pilar do sistema defensivo e deu a segurança no setor. Nota: 7.5.
Rodrigo Souto: Pouco apareceu, o que foi um ótimo indício. Cumpriu bem a sua função de líbero. Nota: 6.5.
Jean: Não foi tão acionado como nos jogos passados, mas teve mais uma apresentação regular. Quase faz um golaço, após uma tabelinha bonita com Dagoberto. Nota: 6.5.
Júnior César: Bom jogo. Não tem a mesma qualidade ofensiva que Juan, mas apresentou-se bem, quando requisitado. Sofreu o pênalti e a falta que originou a expulsão de um jogador rival. Parabéns! Nota: 8.
Casemiro: É bom jogador, mas adora inventar. Abusou dos lances de efeito e há momentos em que peca na forma dura com a qual entra para disputar as jogadas. Vem sendo substituído, até porque está sempre amarelado, com risco de ser expulso. Nota: 6.
Carlinhos: É quem está fazendo o meio-campo jogar. Distribui as jogadas, além de ser importante na marcação. Não é o volante dos sonhos de muitos, mas, nesse time, é titular absoluto. Nota: 7.
Rivaldo: Atuação discreta. A bola até que bastante pelo seus pés, mas o que se viu foram apenas toques para o lado, sem o brilho e a genialidade que se espera de um craque. Saiu no meio do 2º tempo. Nota: 6.
Marlos: Melhor atuação dele pelo São Paulo em 2011. Criou muito perigo para o adversário. Deu bons dribles, arriscou alguns chutes, fez o segundo gol tricolor e deu a assistência para o de Dagoberto. O melhor do time, hoje! Nota: 9.
Dagoberto: Um pouco sumido na primeira etapa, foi mais participativo na segunda. Jogador fundamental para o time. Fez o terceiro gol. Nota: 8,5.
Ilsinho: Que bom jogador! Tem tanta qualidade para superar as marcações, que parece tornar o drible algo fácil. Entrou com o segundo tempo em andamento, mas teve tempo de fazer um golaço. Nota: 8,5.
Willian José: Entrou e pouco apareceu. Arriscou um chute, quando tinha a visão livre para o arremate, porém mandou longe do gol do Norusca. Nota: 6.
Cléber Santana: Mesmo por pouco tempo, teve a oportunidade de ingressar e participar de um jogo oficial, depois de um longo período no ostracismo. Complementou o setor de meio, tocou pouco na bola e sempre para o lado, sem criar nada interessante. Sem nota.
Paulo César Carpegiani: Mandou a campo um bom time. Conseguiu formar uma boa estrutura tática para o São Paulo, que já tem uma forma definida de atuar. Fez boas alterações. Nota: 8.
Acertadores dos Palpites: Ninguém. Até os 45 min do 2º tempo, os amigos Marcos Roberto, Matheus Müller, Marcelo Lima e Daniel Pessoa acertavam o placar, mas o meia Ilsinho acabou com a festa.
Imagem: AE.
Obs: Este post foi escrito pela Moderação.
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